Quietud


Alcance a nubine no mar azul bem acima do meu porto
Ao lado do sol, enquanto Juno se esconde de mim. Por todas nubes que se elevam com o vento, espero ver nos teus olhos aquela luz divina, perturbando a paz, a melancolia, a dor.
Nubine as gotas de atmosfera espelhadas no céu. No meio da gente não há multidão
nem tudo aquilo que dificulta o amor,
o que a solidão compacta vira poeira,
pois, perto de ti só sobrevive a afeição, que impele meu desejo de alma e coração, meu zelo, meu ócio.
Além de ti não existe espaço, não há visão do mundo em nenhuma dimensão transitória ou definitiva da realidade, não há vida, não há razão, não há nubine, nem destino ou lugar de viver, sonhar.
Pois o que habita no céu não jaz no enraizado chão e portanto, sempre, tudo aquilo que me leva a ti conduz a saudade.
Vivo nubine, em nubine vivo hoje e sempre, durante a eternidade, no mais absoluto silêncio afoito no profundo mar em mim.